sábado, 26 de fevereiro de 2011



Hoje é um daqueles dias estranhos, em que a gente acorda cheia de letras e palavras e sentimentos. 
E tem que colocar tudo pra fora se não explode de tão cheia de tanta coisa.
Um daqueles dias que você percebe como anda avulsa a tanta coisa que você gosta de fazer, como escrever ou ler!
É aquela coisa de quando você acorda querendo escrever sobre tudo, sobre o mundo, mas te falta vontade de teclar sem parar num quarto quente com um cachorro latindo na sua janela, sabe?
Acho que na verdade você não sabe, mas se está lendo meu texto provavelmente gosta de mim e das coisas que eu escrevo, o que significa que eu não teclo sem parar num quarto quente com um cachorro latindo na minha janela atoa, né?
Ou talvez seja atoa sim, mas o problema é que eu gosto de coisas atoa, de dias atoa, de momentos atoa.
Só não gosto de sentimentos atoa, porque aí eu acho que tem que ter um motivo. 
Eu pelo menos nunca tive sentimentos sem motivos.
Ou você odeia porque aquela pessoa é metida demais e chata com você, ou você ama porque ela é muito legal e te trata bem, ou você sente ciumes porque ela é sua(e você assim como eu, é possessivo demais pra aceitar outra pessoa disputando com você aquilo que é só seu!), ou você inveja porque acha ela melhor que você.
Mas sempre tem um porque, já percebeu? Mesmo que a gente não saiba explicar, sempre tem!
E é assim pra tudo, assim como o fato de eu estar aqui teclando sem parar num quarto quente com um cachorro latindo na minha janela porque descobri que pode ser que não seja tão atoa assim!
E eu me pego pensando que mesmo que seja atoa pode ser legal, porque eu não ligo pra ninguém mesmo. Só ligo pro fato de eu estar finalmente empurrando pra fora toda vontade de vomitar palavras e sentimentos que eu tenho quase sempre, mas não faço porque tenho preguiça demais de teclar sem parar num quarto quente com um cachorro latindo na minha janela.
E não faz sentido nenhum porque pode não ser atoa, ou pode ser. Mas não faz sentido.
Bom, na realidade acho que...nada faz sentido mesmo, e isso é bem normal apesar de parecer sem sentido nenhum.
      
                      (Vê Mascheto)

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